domingo, 6 de novembro de 2011

Da pesquisa ao ensino: múltiplas abordagens pedagógicas para o ensino de gêneros (um fichamento)

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Por Germano Xavier


BAWARSHI, A. S; REIFF, M. J. Da pesquisa ao ensino: múltiplas abordagens pedagógicas para o ensino de gêneros. In: Gênero, história, teoria, pesquisa e ensino. Tradução: Benedito Gomes Bezerra. São Paulo: Parábola, 2013, p. 213-227.


INTRODUÇÃO

“A pesquisa sobre a aprendizagem e aquisição de gêneros tem disponibilizado aos professores metodologias úteis para a aprendizagem situada e para a promoção da metacognição que conecta o conhecimento novo ao já adquirido (p.213).”


2. MÚLTIPLAS ABORDAGENS PEDAGÓGICAS DE GÊNERO

“Amy Devitt (2009) defende que, embora as pedagogias de gênero “partilhem uma compreensão dos gêneros como social, cultural e linguisticamente encaixados (...) diferentes pedagogias de gêneros resultam (...) da ênfase em diferentes preocupações teóricas (p.214).”

“Ann Johns (2002) identifica três diferentes abordagens pedagógicas de gêneros, baseando-se nas tradições teóricas anteriormente identificadas por Sunny Hyon (p.214).”

“1) A abordagem da Escola de Sidney, que é um currículo sequencial cuidadosamente desenvolvido a partir da linguística sistêmico-funcional (p.215).”

“2) O inglês para fins específicos (ESP), que embasa uma abordagem para o ensino de gêneros específicos (frequentemente, gêneros disciplinares) e para o treinamento nas características formais e funcionais desses textos (p.215).”

“3) A nova retórica (p.215).”

“A essa taxonomia poderíamos acrescentar uma quarta abordagem – o modelo educacional ou a abordagem didática brasileira (p.215).”

“Enquanto as abordagens da Escola de Sidney e do ESP se movem do contexto para o texto, e a nova retórica, da análise textual para o contexto, o modelo brasileiro começa com uma produção inicial do gênero baseada no conhecimento prévio e na experiência dos escritores, depois passa para a análise do gênero nos contextos retórico e social, culminando com a (re)produção do gênero, tendo assim como foco a consciência do gênero, a análise das convenções e a atenção ao contexto social (p.216)”.


3. PEDAGOGIAS IMPLÍCITAS DE GÊNEROS

“Os estudantes escritores partem de um amplo esquema sobre o discurso acadêmico, baseado em seus escritos e tarefas escolares anteriores, e esse esquema é modificado quando se deparam com uma nova tarefa de escrita ou com um gênero específico de uma disciplina (p.217).”

“Freedman defende o ensino de gêneros através da imersão dos estudantes na escrita de gêneros (p.218).”


4. PEDAGOGIAS EXPLÍCITAS DE GÊNERO

“Mary Macken-Horarik (2002) descreve a abordagem da LSF como uma “pedagogia explícita” na qual “o professor introduz os estudantes às demandas linguísticas dos gêneros que são importantes para a participação na aprendizagem escolar e na comunidade maior (p.218).”

“[...] Désirée Motta-Roth (2009) aplica uma abordagem da LSF a contextos educacionais brasileiros, propondo uma pedagogia que enfatize a relação recíproca entre texto e contexto (p.219).”

“A abordagem de gêneros de Swales teve um significativo impacto sobre o ensino em EAP e ESP (p.222).”


5. PEDAGOGIAS INTERATIVAS DE GÊNEROS

“Embora se refiram a abordagens de gêneros para diferentes públicos (estudantes da educação básica versus estudantes universitários), o modelo dos ERG e o modelo brasileiro promovem métodos múltiplos e sobrepostos que desenvolvem habilidades cognitivas relacionadas com a consciência de gênero, ensinam a aquisição de estratégias linguísticas ou textuais e mostram como o conhecimento cognitivo e textual de gêneros é moldado pelo contexto sociocultural (p.227).”


Imagem: http://www.unoeste.br/facopp/noticias_visualizar.php?id=1109

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