domingo, 11 de maio de 2014

Cenas de maio

*
Por Germano Xavier

sempre que penso no tal lugar,
penso em errância. não há como ser
diferente, não há como fugir.
hoje, logo pela manhã fria,
dissolvido me encontrei
onde não se acaba a dor.
o feminino inquieto rumado rua afora.
abertura para múltiplas falas,
testemunho do inconcluso insurgente,
cor inesperada de mim
(livro de 1979).
ana cristina cesar procura o leitor,
o que é dito, o que é irresoluto
e instinto
e intenção
e rompimento.

eu procuro a porta de entrada
para sair.


* Imagem retirada do site Deviantart.

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