quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Um quase soneto inevitável à maneira de Platão


Por Germano Xavier

sobre a sombra viajo e o verso,
que é parte de esperança inteira,
vaga e vou, a respirar poeira,
em dor infame e amor imerso.

desço ruas do tempo, avenida
que dá para a desgraça
mundumana - amor é traça,
monstro devorador de vida?

assim, o ser que sou, somente
destarte inseto vira (mutação
perene de instantes). ativação

em contorcer-se ferozmente,
renegando parte que lhe cabe,
se cabível for o negar d'amar-te.

Nenhum comentário: