segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Do existir de verdade


Por Germano Xavier

Ao amigo Marcos Vinícius

dúvida... neste oceano escuro navego,
sentindo o desesperar das águas;
um turbilhão de almas!, dilaceras
o pulmão do meu rosto?... te nego!

sou carne, fraqueza e inutilidade,
choro, lástima em fúria insana,
asas pesadas em nuvem plana:
reles ser em tão imatura idade!

a ida me é porta, tento fugir...
pois se fico me porto desastre
e castração, pobre e infame contraste

de quem um dia sonhou seguir.
quem sincero verdade quer, esquece
digno e justo de que só o verdadeiro não falece.

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