quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Parada



Por Germano Xavier



para Maria Iraildes Pimenta


ressequidas venezianas de alma,
olhos pálidos como folhas de outono,
desmaiam os ciclopes reticentes
no escuro apenas.

ver o verdor pesaroso de não ver o verde
das relvas sem selvas, ter uma fronha
encobrindo o branco e o preto,
e por que agir insipidamente
a favor de uma vontade mórbida,
íris filtrada na dor, nesta humanidade doente?

se não enxerga os acimas,
teima a vista nos brilhos sem nome,
que são de lá os feitiços das medusas prementes.


* Imagem: Arquivo Próprio

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